segunda-feira, 23 de junho de 2014

O Açucareiro

   Não se trata de um simples recipiente que contém açucar. Bem longe disso, aliás, ao contrário da maioria dos açucareiros, que ficam em cozinhas (ou em banheiros), este tem uma longa trajetória. Originalmente pertencia a vilã Esmé Squalor, mas provavelmente foi roubado por Beatrice Baudelaire, juntamente com Lemony Snicket. Após o roubo, bem depois, foi jogado pela janela da antiga sede de operações de C.S.C, caindo num rio (o Arroio Enamorado). Provavelmente foi Dewey Dénouement (marido de Kit Snicket) quem o jogou, quando estava fugindo do grande incêndio que se alastrava pela sede de C.S.C.
  N'O Escorregador de Gelo, Lemony Snicket escreve uma carta secreta a sua irmã Kit. Nela, ele diz que estava correta a sugestão de sua irmã de que "um aparelho de chá seria um excelente lugar para esconder coisas importantes e pequenas, caso algum dia eu viesse a precisar".
  O Capitão Andarré deu uma dica, em A Gruta Gorgônea: "Não é o açucareiro que é importante, é o que está dentro dele".
  Depois, em O Penúltimo Perigo, corvos trazem o açucareiro para o Hotel Desenlace, que cai na lagoa próxima ao hotel, que é roubado por ninguém mais, ninguém menos que Lemony Snicket (se isso é verdade? mas se for, que é bem provável: de novo?). Ele estava disfarçado de taxista, e no banco traseiro havia uma mulher. Creio que seja Beatrice (se ela morreu não é certo). Chegou a conversar com os irmãos Baudelaire, convidando-os a segui-lo, mas recusaram, e o viam ir embora, sem saber ao certo de que estavam fazendo a coisa certa. Esse foi o último avistamento do açucareiro.
   A pergunta de praxe: o que contém o açucareiro? Bem, pode conter o fungo mycelium medusoide, pode conter o antídoto do fungo (raíz-forte, ou wasabi), também pode conter o dossiê Snicket, mas o mais provável é este, pois tem provas que incriminariam vários vilões (como o Conde Olaf), e inocentariam vários voluntários (como os Baudelaires, que já foram acusados injustamente de vários crimes no lugar de Olaf, como por exemplo, a morte de Jacques Snicket, em A Cidade Sinistra dos Corvos). 
   O açucareiro é um objeto disputado pelos dois lados da cisão, e poucas pessoas (como Olaf e Lemony), sabem o que realmente o contém, através da retocada porcelana, e o perturbador símbolo do olho.
   "Aqui o mundo é sereno"
                                   E.  

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